I know not what tomorrow will bring.

terça-feira, 12 de março de 2013

O Banqueiro Anaquista 25, 26 e 27 de Março

São meses preparando um trabalho, com tranquilidade, com parceiros que tornam possível está tranquilidade. Existem mutas formas de se montar um peça teatral, inumeráveis maneiras. Com diretores mais exigentes, as vezes mais rígidos, mais intelectuais, mais cheios da mais legitima certeza, com formas, estilos e todos os tipos de jeitos e maneiras. Eu, sempre estive na busca pelo entendimento das partas, das relações, transformando o ambiente de trabalho em lugar de acolhimento, para criar junto, nunca só. Fazer teatro já é tão difícil porque piorar tudo se podemos melhorar, digo isso baseado num tipo de troço que existe por ai, ou que vivi nos últimos anos, tudo sempre tão cheio de verdades, tão cheio de si, ao ponto de se tornar um centro, ai todo o resto fica entorno do sol, esse tipo de relação já não me interessa mais. Prefiro poder olhar para o ator diretamente, sem me sentir ameaçado, nem me tornando ameaçador, isso é próprio dos intelectuais da arte, que conseguem esticar o pescoço mais alto que os outros, eu não sirvo neste tipo.
Criar é libertar-se. Hoje, chegando perto da estreia de O Banqueiro, depois de viver um processo tão divertido, profundo, maduro, tranquilo, delicado e refinado, não há mais, em mim, a possibilidade de aceitar o que não for isso. O que não for junto, o que não for coletivo, o que não for libertador. Pelo menos não mais ainda. Eu não sou coerente. Quero criar, apresentar o Banqueiro e depois abrir as correntes e, como cada um tem libertar a si próprio, eu me libertarei. Libertarei a mim, compreende? "Cada um tem que libertar a si próprio"